[Romance] Nossa 2º Primeira Vez!

Tema: Romance, Sexualidade sem Vulgaridade.

Nossa Segunda Primeira Vez!

27 de maio de 2009 Por Laura Machado.

Lembro-me como se fosse hoje daquela noite e ainda sinto as sensações no meu corpo, como poderia esquecer, embora eu ainda sofresse muito não poderia me fechar em uma concha e deixar a vida passar por mim, como um vento soprando.
Eu vestia uma blusa prata manga ¾, uma calça jeans desbotada e um sapato que estava acabando com os meus pés, e ele vestia um sapato social que combinava perfeitamente com sua calça jeans e sua blusa azul de botões, eu só não gostei muito da sua gravata, mas tudo nele fica lindo.
Reencontramo-nos depois de longos 2 anos, admito meu coração quase saiu pela boca quando me deparei com sua presença chamando meu nome de longe, não acreditei que depois de tanto tempo ainda iria ver em seus olhos todos os momentos que passamos juntos, conversamos e botamos o papo em dia, meu filho é um anjo sabe quando eu preciso que ele fique quietinho.
A noite foi entrando e eu ainda não acreditava que estava fazendo isso! Isso era completamente contra todos os meus princípios. Mas como eu poderia resistir? Ele estava ali na minha frente esperamos tanto para nos encontrarmos... Por mais que tivesse diversos motivos para não ir em frente com toda essa maluquice (agora eu tenho um filho não posso só pensar em mim), no momento em que olhava para os olhos para ele perdia todos os meus argumentos ele estava ali na minha frente pedindo para eu ama‑lo como nós sempre sonhamos. E além do mais, que diferença iria fazer? Eu sei que ele me ama e o amor que vivemos ainda faz meu coração saltitar.
Não sabia se era o certo ou se era a hora certa mas eu estava empolgada e isso me fazia sorrir eu estava precisando de algo que curasse um romance frustrado.
Entramos em seu carro, eu sempre achei horrível o gosto que ele tem para carro, mas andava e isso já ajudava bastante. Ele me levou para sua casa – aquela casa sempre vivia cheia de amigos, com bebidas e comidas, com seus parentes sempre tão amáveis, agora estava vazia, mas eu não tinha medo, aquilo de certa forma me deixou meio feliz. Fomos entrando e ele logo me ofereceu algo para beber – cordialidade sempre foi uma de suas grandes qualidades – foi quando entramos no seu quarto quase que sem perceber, nossa aquela cena me trouxe várias lembranças engraçadas, aquelas paredes brancas e seus móveis cor de marfim que traziam tempos de escola tão fortes na memória.
Foi quando ele me beijou:
- Laura o que foi? Você não quer? – Sabe que eu nunca faria algo que você não quisesse.
- Não, não é isso! E que eu não esperava
- Desculpa é que eu não consegui controlar. Foi a saudade.
Torci os lábios e sei que lá no fundo eu também queria então fingir que entendi o que tinha se passado. E de qualquer forma, os meios realmente eram supérfluos diante do que pensava meus pensamentos sempre eram errados a respeito dele. Com ele, para sempre eu sempre fantasiei, mas meu medo sempre me fez correr para o mais longe possível. Com um suspiro meio carregado eu desliguei minha mente de quaisquer pensamentos que fossem supérfluos, que não envolvessem aquele momento que esperava a tanto tempo.
Ele tinha um sorriso no rosto, o sorriso mais lindo que eu já havia visto no rosto dele. Seus olhos brilhavam com uma intensidade que acalentava o meu peito, não tinha como não retribuir o sorriso ele estava muito feliz isso e era quase impossível não se ver isso.
Naquele momento eu não tive medo de errar, o mundo Dani‑se ele, e tudo com ele, aquele momento era nosso e nada iria atrapalhar.
Na mesma hora em que a alegria tomava conta de mim me veio o pensamento de contradição - como pude passar tanto tempo longe de uma pessoa que com um sorriso me faz estar em nirvana?!, Mas estes pensamentos confusos logo se foram já que quase sem eu sentir o balançar da cama ele se sentou ao meu lado e foi neste momento que novamente me beijou.
- Minha Laura! – ele falava baixinho quase suspirando – Minha e minha.
Ele repetia quase sem sentir enquanto e beijava minha boca e meu pescoço.
Eu vi nesse instante a minha chance. E o conhecendo como eu sempre conheci, sabia que devia insistir no que queria enquanto havia chance dele ceder. Eu estava deitada, apoiada pelos cotovelos, com o tronco meio erguido, enquanto ele estava com suas mãos uma de cada lado do meu corpo, evitando que eu sentisse o seu peso. Quando ele subiu com a boca para o meu queixo novamente eu abaixei o rosto, fazendo nossos lábios se encontrarem. Ele não pareceu perceber as minhas intenções, e correspondeu ao meu beijo. Logo, minha boca se tornou mais urgente e eu traçava os seus lábios com a minha língua. Ele se tornou levemente mais rígido e eu soube que ele entendeu o que eu queria. Mas, para a minha surpresa ele não interrompeu o contato. Ele estava mantendo a promessa dele que não faria nada que eu não quisesse, como ele sempre fez. Eu ergui um dos meus braços e eu teria caído de costas no colchão se ele não fosse tão rápido ao me amparar. Logo suas mãos firmes e suaves estavam nas minhas costas, e ele desceu seu corpo rente ao meu, até eu estar completamente deitada.
Minhas mãos estavam impacientes no seu cabelo e as dele começavam a delinear as laterais do meu corpo. Eu deslizei minhas mãos pelos seus ombros até encontrar a gravata dele. Com dedos frágeis eu lutei por alguns segundos - a mais que o necessário, eu sempre fui uma pata para estas coisas - para libertá-lo da peça de seda. Eu senti sua boca se torcendo em um sorriso. Eu corei. Seus olhos se tornaram mais sinceros. O desejo dele agora não havia como ser negado. Eu lutava contra os botões absurdamente pequenos da sua camisa, ficando desconcertada ao ver que estava perdendo a batalha – eu sempre soube abrir botões como ninguém mas ele me deixava tão desconsertada que eu perdia o senso . Ele riu baixinho e se levantou. Eu protestei com um muxoxo. Ele riu novamente e abriu os botões da camisa ele mesmo. Ele me jogou na cama, desabotoando a camisa e se jogando sobre mim. Não havia mais receio em seus olhos, ele não tinha mais medo de me quebrar – eu sempre fui sua bonequinha de porcelana-. Agora havia outra coisa naqueles olhos cor de mel tão brilhantes. Eu podia ver o desejo também queimando em seus olhos. Eu apenas consigo imaginar o quanto eu estava dizendo com os meus. Ainda mais para ele, que conseguia me ler tão bem. Sua boca encontrou a minha clavícula e fez um rastro de fogo até o meu pescoço. Ele subiu até encontrar a minha boca e mexeu seus lábios contra os meus. Pude ouvi-lo sussurrar um “Eu te amo” e eu estremeci embaixo dele. Senti seus lábios tremerem em um sorriso e eu procurei seu pescoço com a minha boca. Sua pele, antes tão gelada de nervoso, agora era macia e quente aos meus sentidos. Meus dentes deram pequenas mordidinhas em seu pescoço. Eu estava inebriada demais com o seu cheiro, seu toque, sua presença pra sentir qualquer outra coisa que não fosse ele. Meu amor, amor, amor – embora eu nunca tivesse chamado ele assim antes, isso estava agarrado na minha garganta a muito tempo -. Sua boca traçava o meu rosto e suas mãos delineavam meu corpo. Sei que ele não estava fazendo aquilo pela 1º vez como eu também não estava mais naquele momento nada mais importava ele agora era só meu e eu com certeza iria aproveitar cada momento. Meu peito se aqueceu com o meu pensamento e minhas mãos se tornaram novamente mais urgentes. Apesar disso, minhas mãos tremiam. Não sabia por onde começar... A confusão era tanta que simplesmente me deixei guiar por suas mãos, por sua boca, sentindo a sua respiração, meus pelos se eriçando ao mínimo toque. Era eletrizante. Nunca imaginei que só a expectativa pudesse fazer isso. E estava me matando. Ele parecia ter lido minha mente. Puxou-me pela cintura para ficarmos cara a cara. Deu-me aquele seu sorriso torto e virou na cama me deixando por cima. O quê ele queria que eu fizesse? – naquele momento fiquei mais nervosa do que na minha primeira vez-. Minha respiração estava entrecortada. A dele permanecia estável, embora mais agitada que o normal. Suas mãos agora procuravam o botão da minha roupa e em questão de segundos eu já podia sentir sua mão no meu colo. Um arrepio que não tinha absolutamente nada a ver com frio passou pelo meu corpo. Suas mãos em meu colo não eram apressadas. Percorriam cada centímetro de minha pele, como se estivesse a memorizando. Deslizou a mão pelas minhas costas e a antecipação perpassava pelo meu rosto. Ele percebeu, parou suas mãos saiu debaixo de mim, me colocando deitada na cama e começou a beijar o caminho que, antes, sua mão havia feito pelas minhas costas.
Eu suspirava ao seu toque e eu podia sentir que ele estava perdendo um pouco do cuidado. Suas mãos se tornaram mais urgentes nas minhas roupas. Sua boca estava em todo o lugar e eu tinha que constantemente lembrar de respirar. Morrer agora seria uma péssima idéia. A boca dele subiu pela minha barriga e sua língua traçou o meu colo com carinho. Não pude evitar um suspiro mais alto. Ele deu uma risadinha e me olhou com aqueles olhos profundos. Ele não precisava dizer nada. Estava estampado ali, tão claro quanto o 1º beijo que demos a 3 anos atrás. Ele me amava. Tanto quanto eu o amava. Esse pensamento fez com que eu me sentisse mais segura. Eu o puxei para junto de mim e escorregava meus dedos pelo seu abdômen perfeito encontrando o meu primeiro desafio: o seu cinto. Um péssimo obstáculo para uma pessoa que arfava e mal conseguia enxergar nada devido ao desejo. Mas me empenhei na tarefa mesmo assim. Meus dedos trêmulos percorriam a fivela e tentava com a maior força que tinha forçar a correia a atravessar a fivela para poder me ver livre desse empecilho. Ele olhava para mim com um misto de diversão e impaciência. Seus olhos estavam se transformando em duas lindas bilhas brilhantes, e isso me dizia tudo. Ele queria se livrar daquilo tanto quanto eu. Ele só com um ímpeto de controle das minhas funções motoras eu consegui desabotoar a fivela e puxar o cinto. Ele apressou minhas mãos e jogou o cinto para longe, que caiu com um estalido surdo no chão. Sua boca encontrou a minha e eu nunca o senti tão urgente ou tão perto como agora. Ele falou em mais de uma ocasião que tinha perfeito controle dessa parte do seu ser, e eu nem ousava duvidar, e nem tinha como, quando eu olhava para os seus olhos cor de mel. Ele mordeu os meus lábios enquanto eu lutava com o botão da sua calça social, Mais facilmente do que eu podia esperar, o botão cedeu e eu senti a respiração dele ficando mais tensa. Eu nem sentia o ar nos meus pulmões. Tudo que eu sentia - e queria sentir - estava sobre mim, beijando meus lábios e arrancando um suspiro da minha boca.
- Tem certeza disso? – ele num lampejo de autocontrole sussurrou para mim, prendendo minhas mãos no cós de suas calças. – você sabe que as pessoas podem falar, e isso pode não parecer certo para muitos.
- Esta tudo bem! - Que horrível momento para analisar as coisas. - Nunca tive tanta certeza em minha vida. Nós estamos aqui, juntos. E acho que depois de tanto tempo a gente merece um momento assim.
Ele acenou com a cabeça, mal tendo controle dos próprios movimentos. Ele soltou minha mão e eu escorreguei a mão pelo seu zíper. Meu coração rompia no meu peito parecendo se chocar contra as costelas. Ele se levantou e deixou as calças escorregarem pelas suas pernas, longas diante dos meus 1,59m. Porém, olhando para ele da minha posição na cama, sabia que chegava o momento. Só estava de lingerie e ele de boxe. Ficamos nos olhando por algum tempo, parecia que tinha demorado séculos. Estávamos nos apreciando, vendo cada detalhe do corpo um do outro. Ele se inclinou sobre mim, de alguma forma selvagem, ainda que controlasse o seu peso e seus impulsos mais urgentes. Ele beijou meus lábios novamente por um breve momento, logo descendo os seus pelo meu pescoço, traçando um caminho que eu sabia que ficaria marcado na minha memória por toda a eternidade. Eternidade. Eu sorri com o som dessa palavra na minha cabeça.
Ele pareceu sentir a mudança no meu humor e apressou seus dedos ágeis no fecho do meu sutiã. Sua respiração ficou suspensa no ar por alguns breves segundos antes dele começar a beijar o meu colo. Estava ficando praticamente impossível não suspirar alto. Minhas mãos passavam pelas suas costas de maneira feroz, e com certeza de que ficaria com a marca das minhas unhas. Rapidamente ele estava sentado, com as costas apoiadas contra a cabeceira da cama. Com suas mãos fortes e macias ele me puxou contra ele. Movimentando seus lábios contra os meus, de uma maneira tão sem cuidado quanto à minha, enquanto ele deslizava o resto da minha lingerie pelas minhas pernas. Segurando-me contra o seu corpo e sem quebrar o beijo, ele me pôs deitada. Eu pude notar que em seus pensamentos havia uma grande dúvida entre o passado e o presente. De um lado éramos amigos que se beijavam e de outro amantes que se amavam. Essa luta interna transpareceu em seus olhos que brilhavam com uma cor linda que jamais tinha visto antes. Eu mergulhei naqueles olhos no momento em que eles fitaram os meus. Senti-me zonza, parecia que estava levitando, o mundo parecia não mais importar. Só fazia cair na imensidão daqueles olhos... Foi aí que me dei conta que estava prendendo a respiração. Às vezes esqueço que ele tem esse efeito sobre mim. Pelo menos, com o meu transe, eu não tinha me sentido envergonhada pelo fato dele estar me encarando, me observando nua em pelo em cima da cama. Ele estendeu a mão e acariciou meu rosto com as costas da mão como sempre faz. Aquele toque era reconfortante, no entanto havia algo de diferente dessa vez. Seus dedos traçaram a linha dos meus lábios e desceram pelo meu pescoço. Pude notar que estavam tremendo, não podia distinguir se era ele ou eu. Deslizaram pelo meu ombro, escorregando pelas costelas, contornando o umbigo.
Tudo muito calmo e devagar, mas, pela primeira vez na noite, seus dedos gélidos me deram um frio na espinha. Sua mão subiu pela minha barriga... Pela primeira vez na minha vida alguém me vira assim, me tocava assim – não que eu fosse virgem ou algo assim, mas aquele momento todo era diferente de tudo que eu tinha vivido ou feito até então -. Ele acariciou delicadamente os meus seios, como se quisesse apreciar sua textura. Como ele conseguia ficar tão calmo assim? Preferiria ele enlouquecido, pelo menos não me daria tempo para pensar. Sua boca encostou no meu pescoço e começou a brincar com a língua em minha clavícula. Enrijeci. Comecei a ficar zonza de novo, mas dessa vez eu estava respirando, na verdade estava arfando. Uma mistura de pânico, desejo, necessidade e timidez tomaram conta de mim quando ele tomou meu seio em sua boca e deu leves sucções em meu mamilo. Eu não tinha mais nenhum controle do meu corpo. Meu coração martelava querendo sair pela boca, calafrios subiam e desciam a minha espinha. Enquanto isso, ele fazia uma dança com a mão que ia do meu quadril até o joelho, fazendo o seu caminho pela minha perna, ora deslizando pelo lado externo da minha coxa, ora deslizando pelo lado interno. Não tinha mais noção de nada, pelo que sei essa dança pode ter levado dias, só o que me prendia a atenção era sua mão firmes no meu corpo em brasa. Comecei a sentir tremores por todo o corpo, agarrei os seus cabelos com força, mas, não me agüentando, soltei um gemido.
Era um som estranho para mim, havia medo, excitação e súplica contidos nele. Ele parou tudo o que estava fazendo e olhou para mim com aquele sorriso torto. Ele estava satisfeito consigo mesmo. Ele pousou a mão no meu umbigo e olhou novamente para mim. Então, sua mão deslizou para o meu baixo ventre. Eu segurei minha respiração. O toque gelado dele contra a parte interna da minha coxa fez com que eu expelisse todo o ar dos meus pulmões. Eu pude notar - entre meus lapsos de lucidez - que ele estava se redescobrindo como homem. Ele deslizou os seus dedos gélidos, contornando o meu sexo e eu não pude pensar em nada. Foi como um aneurisma cerebral. Eu me desliguei de tudo a não ser dele e do toque dele. Eu acho que ele ficou um pouco preocupado com alguma possível parada cardíaca da minha parte - já que meu coração parecia explodir, tão alto e forte que batia - e ele parou com a carícia e subiu com a mão e a boca trilhando caminhos no meu torso.
- Tem certeza, a gente pode ir embora daqui eu vou te entender. - ele sussurrou com urgência e convicção.
- Oh, Deus. Relaxa confiamos um no outro - eu falei tentando controlar a minha respiração para que as palavras saíssem – Você é meu que eu sei. - eu sorri com o canto dos lábios, e eu podia sentir que minhas bochechas estavam coradas.
Eu acho que ouvi ele sussurrar um “amor”, mas não posso dizer com certeza, porque o que veio depois arrebatou todos os meus sentidos. Eu podia morrer naquele instante e eu não me arrependeria nem um centésimo. A boca dele encontrou o meu seio novamente, enquanto sua mão desceu novamente para o meu sexo. Eu gemi entre suspiros. Uma energia que eu nunca senti antes percorreu todo o meu corpo. Desde a ponta do meu pé até a minha cabeça. Eu estremeci. Minha respiração nunca foi tão pesada quanto agora. Ele sustentava um sorriso perfeito no seu rosto e ele encontrou a sua testa com a minha.
- Tem certeza? - ele repetiu, a certeza brilhando nos seus olhos escuros de desejo. Eu pude sentir uma leve pressão no meu sexo e uma leve dor aguda me fez contrair os ombros. Ele parou.
- Eu acho que você saiu com a moça errada, eu já sei como funcionam as coisas – brinquei foi quando ele começou .
- Ok... - ele respirou fundo.
Ele empurrou o seu corpo contra o meu novamente e eu fiquei rígida novamente. Eu senti a boca dele na minha e após alguns segundos eu relaxei. O seu cheiro doce inebriava meus sentidos e eu senti ele empurrar o seu corpo contra o meu mais um pouco. Ele permaneceu imóvel por um tempo. Apenas beijando os meus lábios com carinho e seus dedos percorrendo os fios do meu cabelo. Seus carinhos eram tão lentos quanto suas investidas para dentro de mim. Havia algo de tenso nele, seus desejos lutando com a sua cautela.Era um novo mundo parcialmente para ele e para mim já que uma experiência assim nunca tinha acontecido, apenas algumas relações em meio a frustrações. Perceber isso me fez relaxar mais ainda, me fez amá-lo mais ainda.
- Nós dois – murmurei quase sem voz – Nós pertencemos um ao outro. Ele olhou profundamente em meus olhos, toda a preocupação que transparecia em seu rosto desapareceu. Seu rosto se abriu num sorriso largo, caloroso.
- Para sempre.
Esta frase me trazia lembranças mentirosas mais naquele momento tudo pareceu tão verdadeiro tão surreal que só sorri.Num movimento rápido e delicado ele estava totalmente dentro de mim. Soltei um gemido de surpresa, mas assim que seus lábios tocaram os meus, toda a surpresa desapareceu. E ficamos assim, colados um no outro. Movimentando-nos em um só ritmo. Nossas respirações entrecortadas. Nossos olhos fixos um no outro. Uma dança de corpos, de sensações, de desejos se complementando um no outro. Sentia explosões por todo o corpo, a sensação de seu membro em mim era desconcertante. Me preenchia, me embebedava de prazer, não há palavras nesse mundo para descrever o que eu sentia. De repente as sensações mudaram, tornaram-se crescente. Seus movimentos tornaram-se mais rápidos. Mas mesmo assim não sentia dor. Só sentia um calor emanando da ponta dos pés até a o fio dos meus cabelos. Cada movimento irradiava correntes elétricas por lugares que nem sabia existir. Parecia que me aproximava de um precipício, a adrenalina corria a mil, as mãos dele me agarraram com força, uma força que ele nunca havia usado antes. Mas não me importava, aquilo era grande demais, sentia vontade de gritar para aliviar toda aquela força que rompia dentro de mim. De repente, todo aquele estupor pareceu explodir. Um som gutural escapou da garganta dele, seus olhos irradiavam puro ouro, seu corpo enrijecido em cima do meu. Meus olhos enuviaram e me sentia atordoada por todas aquelas sensações estarem, aos poucos, abandonando meu corpo. Mas eu me sentia feliz despreocupada e muito apaixonada.
Um sorriso estampou meu rosto. Ele sorriu de volta. Ele relaxou e caiu ao meu lado. Olhando-me com ternura, ele tirou alguns fios de cabelos suados do meu rosto. Minha respiração lutava para encontrar a normalidade. Eu olhei para rosto dele. Eu estava errada. Eu achava que não podia amá‑lo ele mais do que eu amava, e eu descobri que podia. Exponencialmente mais. Os olhos dele encontraram os meus e ele torceu a boca.
- O que? - eu arfei, puxando os meus joelhos para o meu peito.
- Eu tenho uma impressão que não foi tão bom pra você quanto foi excepcional para mim - ele retorquiu, olhos ambivalentes.
- Oh - eu revirei os olhos - você realmente vai me fazer falar sobre o quão surreal isso foi pra mim?
Ele revirou os olhos de volta para mim e beijou a ponta do meu nariz.
- Eu te machuquei? - ele perguntou com a tez enrugada.
- De forma alguma. Eu estava certa como sempre - eu falei com um sorriso.
Ele riu baixinho e me puxou para junto dele. - Eu sinto muito, você sabe. Eu vou fazer melhor para você. - ele murmurou na minha orelha, fazendo novos arrepios percorrerem o meu corpo exaurido.
Eu bufei. - pare com isso. Isso foi... surreal em muitos sentidos. Eu nunca... sensações que eu nunca tinha tido... - eu estava tendo problemas em formar frases sem corar absurdamente.
Ele riu no meu ouvido. - Eu te amo. Minha, Minha só minha. - ele entrelaçou seus dedos com os meus.
- Eu te amo também - eu murmurei descansando minha cabeça no seu ombro.
E deixei meu corpo relaxar enquanto eu sincronizava as batidas do meu coração com a respiração dele.
Me abraçou foi quando me dei conta que teria que ir embora.
- Aproveite enquanto pode - eu falei baixinho, mas eu sei que ele ouviu porque ele ficou rígido. Ele não me retorquiu. Só suspirou baixinho e começou a cantar – para que eu esquecesse que iria embora e recuperasse o meu humor-. Eu me aproximei mais dele e ele beijou minha cabeça. Não demorou muito para que eu caísse em um sono repleto de sonhos.
Quando acordei no outro dia estava em casa aconchegada em minha cama, desci as escadas feito louca pensando que tudo que tínhamos passado aquela noite fosse apenas um sonho e para minha surpresa, lá estava ele sentado a mesa com seu sorriso cada vez mais lindo para me receber.
E o amanhã quem vai dizer?...

Fim!




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