“Já faz algum tempo que não o vejo. Ele
nunca mais apareceu – não que eu faça muita questão disso-, quase da pra tocar
a ansiedade que fica no ar toda vez que meu celular toca, a ultima vez que nos
vimos ele não havia me dado esperanças, mas não esperava que ele nunca mais
fosse aparecer, hoje somos como estranhos, talvez fossemos isso dês do início e
eu me deixei envolver e não fui capaz de enxergar o que era gritado para mim.”
Após um fim de tarde tumultuado, em meio à multidão caminhamos
pelas ruas em seus gritos cada um pedia pela sua causa individual, aquela tarde
não tinha saído como eu tinha combinado estava chovendo e fazia um frio no qual eu não estava muito habituada, mas o céu não estava
todo encoberto o que me proporcionava uma visão do que eu mas gostava que era ver a o breu inebrie da noite , alguma coisa nos distanciava talvez eu tenha intimidado ele
como meu jeito despachado de certa forma eu tinha ultrapassado o limite que ele
havia pré determinado entre nós, mesmo sem eu ter sido avisada desse tal limite.
Embora o embaraço da noite, tudo que eu queria era ir embora
dali, distancia que ele tinha criado
entre agente era desnecessária porque eu não iria morde ele se era isso que ele
pensava, eu respeitava a opinião dele de ter acabo de sair de um relacionamento
conturbado e não queria se envolver com ninguém, mais eu tinha uma necessidade
dele e nunca tinha pedido ele em casamento não entendo porque ele tinha tanto medo de se aproximar de mim.
Quando estávamos
perto o meu mundo ganhava outro tom o meu mundo de cinza parecia um arco-íris
mais eu já tinha passado por tantas coisas e não queria me arriscar de novo,
queria fugir dali pra bem longe dele; mesmo com a sensação maravilhosa que ele
não sabia que me proporcionava eu só não aceitava ser rejeitada.
Depois de longas horas esperando um coletivo para ir embora,
ele havia me emprestado seu casaco, pois ele estava seco, tomamos o coletivo e
nos sentamos nos degraus, pois não havia mais lugar para se sentar, eu ao ficar
de pé em sua frente observando ele ali de uma forma quase que vulnerável me
perguntava por que tal pessoa me da uma sensação de segurança - o que ele sabia
de mim da minha historia? Que era ele? - Sua cabeça batia no corrimão pois ele estava
muito cansado e cochilava com o balanço do ônibus e com um simples gesto me pus
a apoiar a cabeça dele, depois de um tempo me sentei e pus minha cabeça em seu
colo, sentia sua mão em meus cabelos mais sabia que era apena uma retribuição
dos mesmos movimentos que eu havia feito na ultima vez que tomamos o coletivo
juntos, para mim soava quase como pena, mais eu gostava de ter a sensação do
seu toque tímido.
Passamos quase que meia-hora dentro do coletivo, ao soltar
ainda chovia passamos a tarde toda na chuva, quando ele finalmente revelou que
tinha um guarda-chuva , nos aproximamos em baixo da pequena sombrinha e demos
as mãos, era tão infantil a sensação de estar com ele, consigo ser eu mesma espontânea
consigo sorrir sem ter medo de parecer vulnerável.
Andamos por um trajeto ate a minha casa, ele já ia embora
quando lembrei que teríamos que trocar de casaco, eu olhava para ele suplicando
para que ele me notasse, acho que relutantemente mais acredito que no fundo ele
também queria.
Entre troca de beijos de despedida nós nos beijamos meio que
acidentalmente por querer, eu o queria tanto que fui pega meio que desprevenida,
quando nosso lábios se encostaram eu sentir o que não sentia a muito tempo o
fervor do fogo da paixão se acendeu em mim de uma forma que eu não consegui me
controlar passando a mãos em seus cabelos sabia que só quem queria era eu, mais
fiquei grata pois ele tinha me dado a
chance de desfrutar dos meus sentimentos pelo menos uma vez.
Um beijo foi só isso... Nunca mais eu o vi, mais nunca vou
esquecer aquela sensação, pois depois de muito eu não me sentia tão livre,
sentir quem dentro do meu coração gelado ainda existe um pouco de humanidade..
Eu nunca vou esquecer. Obrigado!