Quando não falo com você não consigo escrever uma linha direito...










 

 
  Em algum outubro ou novembro de um ano qualquer, você apareceu na minha vida, como um furacão ou como uma nevoa densa que me cegava das coisas certas e me fazia caminhar para o abismo sorrindo.

Me enfeitiçou com seu jeito doce de menino, com uma coragem que não era sua e me iludiu com um amor puro cheio de veneno.

 Cai como uma pressa em desvantagem nunca caçada num terreno no qual eu nunca havia pisado.

Amei loucamente, me apaixonei de uma forma avassaladora, vivi intensamente ate que os problemas começaram a aparecer.

Chorei ininterruptamente, sofri por esquecimento e mendiguei atenção ate o ultimo momento.

Ignorei, esnobei, não acreditei... Ignorando os sinais visíveis de qualquer arrependimento.

Errou e eu errei, pequei por excesso, por querer de mais, amar de mais, sofrer de mais, querer de alguém o que você não poderia me dar.

Sou humana e como tal nas horas em que a racionalidade precisa ser usada, eu falho.

Na hora de gritar que amo me calo, de pedir pra ficar me faço durona, na hora de abraçar eu choro, na hora de resolver os problemas eu fujo.

Não fui o melhor pra você talvez, eu acredito que das suas dores de cabeça eu sou a mais insignificante, mais sinto falta da magia que envolvia nosso silencio, da loucura que encantava nosso sorriso, do amor que vivia em nossos olhos.

Sou uma louca passional, possessivamente irracional, mais quem ama medindo as consequências quem acorda com o roteiro do dia?

Não sei e talvez nunca saiba pedir desculpas, mais não me caso de me frustrar e em meio termo me humilhar, pra me fazer ser entendida.

Tenho medo do que sinto e receio do que a vida reserva pra mim.

Vejo em seus olhos um desprezo que não mereço, e uma magoa que não deveria ser direcionada para mim.

Não peço mais pra ficar, pra ir, pra vim...

Me pedir pra ficar foi a pergunta errada, talvez você devesse experimentar perguntar se poderia ir comigo.

Queria olhar e enxergar em você aquela pessoa de um outubro ou novembro qualquer novamente, quem sabe assim em algum ano sem importância você venha comigo.

Não gosto de um adeus, prefiro um ate logo pois assim quando você quiser eu volto pra te buscar.







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Laura Machado

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